sábado, 25 de maio de 2013

CAMINHADA PELAS CULTURAS DOS POVOS



  Quando caminhamos por lugares históricos, prédios antigos e patrimônios protegidos pelo tempo, ficamos imaginando quantas pessoas passaram por ali e quantas histórias foram vividas. Trabalhando pelo Palácio Farroupilha, onde hoje é a sede da Assembléia Legislativa do RS, ou caminhando pelo Palácio Piratini, onde é a sede do Governo do Estado do RS, fico imaginando que estou caminhando pelos mesmos locais que grandes personalidades: conhecidas, reconhecidas e anônimas, traçaram seus destinos ou vivenciaram diferentes viver.
  As transformações do meu viver pessoal e profissional estão se fundindo a destas personalidades no momento que vivencio situações parecidas, ou até as mesmas, que destas pessoas. Realizando feitos e participando de situações que transformam o padrão do viver de nossos (as) gaúchos (as) e até do nosso país.
  Nesta sexta-feira, dia 24 de maio de 2013, ao participar dentro do Palácio Piratini, no auditório Negrinho do Pastoreio, do Lançamento do Comitê Estadual de Povos de Terreiros, que irão tratar de assuntos voltados a todos os tipos de políticas públicas sobre os descendentes africanos e realizações de cultura e religiões de matriz africana percebo que em meu curso de História, me torno um historiador fazendo parte de um dos processos históricos tão importante do nosso país, a legitimidade deste povo tão preconceituado em nosso contexto histórico e que colaborou muito para a construção do nosso país. Foi muito legal ao ver figuras políticas que tanto participaram da mesma pastoral que eu, Pastoral da Juventude, e em lutas em nosso país hoje em cargos eleitos pelo povo reconhecendo os erros do nosso povo e tentando reparar tudo isto com o reconhecimento de um povo que tantos nos auxilia.
  Não estamos em um estado, governo ou país de uma ótima conjuntura e organizada política, assim como nenhum país está, mas pelo menos estamos caminhando rumo a uma construção de respeito à liberdade de pessoas que querem apenas cultuar sua história e religiosidade sem serem preconceituados e perseguidos.
E aos negros e negras, de qualquer religião ou cultura, como diziam os Lanceiros Negros no início de cada batalha que lutavam: Ogunhê!!!



Jéferson Cristian Guterres de Carvalho
Jé-o gatinho da PJ